Echoes, Silence, Patience and Grace

Três semanas depois de ter ouvido o disco pela primeira vez, e depois de várias escutadelas, resolvi finalmente escrever aqui um pouco a respeito do disco novo de uns manés que tem por aí. A banda, formada por um tal de Dave Grohl (vocal/guitarra - aquele que tocava batera numa bandinha qualquer), Taylor Hawkins (bateria - outro que tocava numa bandinha de uma cantora canadense), Chris Shiflett (guitarras - também conhecido como o "gimme gimme" Jake Jackson), e Nate Mendel (baixo - e imitação daqueles cachorrinhos de enfeite que balançam a cabeça).

A principio, quando ouvi o primeiro single, pensei "Caramba! se o disco todo for assim, vai ser demais!".

Depois, ao ouvir o disco todo, a empolgação caiu um pouco. Acho que porque toda vez que sai um disco deles, a expectativa que a gente cria é muito maior.

Mas depois de ouvir algumas/várias vezes, posso finalmente dizer que o disco é muito bom.

Se não o melhor disco deles, pelo menos é o mais "difícil" de ouvir. Não é um disco que se pode analisar depois de ouvir uma única vez. Tive que ouvir várias vezes até poder dizer se havia gostado ou não.

Mas enfim, gostei. O disco tem grandes momentos, letras mais elaboradas, novos elementos, e aquela cara que só Grohl e companhia sabem fazer.

Pra começar, a arte gráfica, sempre criativa (e sem foto da banda na capa, o que também é algo muito bom, haha). A capa é bem interessante, assim como outras imagens que estão no disco e no encarte (como o CD que é metade uma turbina de avião, e metade um tronco de árvore), porém confesso que ainda não entendi qual a intenção da banda com tais imagens, que são bastante curiosas, mas também confusas.

Quanto às músicas:

1. The Pretender: Porrada logo de cara. Já entra pra lista das melhores, junto com "Breakout", "Best of You", "Everlong", "All My Life" (mesmo utilizando a forma já batida da banda "começa baladinha, com guitarra e voz somente, e no refrão entram os outros instrumentos e destróem tudo")

2. Let It Die: Segue o mesmo ritmo da primeira, começa lenta, depois acelera. Não surpreende, mas também não decepciona.

3. Erase/Replace: O disco continua num ritmo acelerado, e continua sem deixar a desejar.

4. Long Road To Ruin: Musicão, refrão grudento. cara de música que, se entrar nas rádios pop, vai tocar a cada 5 minutos.

5. Come Alive: outra da coleção "começo lenta, depois acelero". Letra excepcional, sem perder o pique do resto do disco.

6. Stranger Things Have Happened: Linda! entrava fácil em qualquer disco da banda. Uma das melhores do disco. Melodia suave, letra bem elaborada, e um solo impecável. Uma das melhores do disco.

7. Cheer Up, Boys (Your Make Up Is Running): Seria a nova "Learn to Fly"?? Música que mais tem cara de comercial.

8. Summer s End: Boa música, com boa melodia. Destaque para os vocais bem sintonizados de Grohl e Hawkins.

9. Ballad of the Beaconsfield Miners: se com "Razor", Grohl já havia se mostrado um excelente violonista, aqui ele só confirma isso.

10. Statues: Quando começa, não daria pra imaginar que é o Foo que está tocando. Totalmente diferente de tudo que eles haviam feito. E não deixa a peteca cair.

11. But, Honestly: Na minha opinião, a melhor do disco, ao lado de "The Pretender" e "Stranger Things Have Happened", Mais uma vez, destaque para os vocais, e as alternâncias entre eles.

12. Home: Piano e Voz. Só faltou uma cantora no estilo "Norah Jones", para dar um toque a mais na música.

Finalmente, um belo disco. Deixa a desejar (de novo) pela falta de letras completas no encarte, e não apenas trechos. Mas como as letras nunca vem (só o "the colour and the shape" de 1997 tem as letras no encarte), dá pra deixar passar, além do que, o disco empolga pela impecável qualidade musical.

Ainda não é o melhor disco da banda (continuo com o "the colour and the shape" produzido por Gil Norton, produtor desse ESPG também), mas é um disco que vale a pena ser ouvido.

(Sei que sou suspeito pra falar, mas ainda assim, procure.)